15 de outubro de 2012

Cathy = mim

Comecei a gostar da Cathy Guisewite quando trabalhei ao lado de uma colega que era magra que nem uma cadela vadia. Todos os dias eu chegava e ambicionava ser como ela: vestir o 38. Um dia ela ofereceu-me o meu primeiro livro da Cathy com o título maravilhoso «acordem-me quando eu vestir o 38».
Hoje, muitos anos volvidos, ela continua magrérrima e eu descobri que a Cathy é uma encarnação da minha pessoa: gorda, gosta de trabalhar e acha sempre que as palavras certas saem sempre da boca errada. E NUNCA vai vestir o 38.
E assim fui eu - íman de frigorífico - desde, pelo menos, quinta-feira.
Acordar às 5 da matina e preparar tudo para ir para o congresso. Fazer 300 quilómetros com um café com leite e duas fatias de pão de espelta no "buxo". Chegar a correr porque já havia trabalho para fazer... e descansar no intervalo onde se come apenas folhados mistos e uns bolinhos. E pronto, a partir daí vem a desgraça. O almoço, o não comer mais nada até ao jantar, o jantar regado a sangria e cigarros (e eu que tinha deixado de fumar em Agosto!) e a incapacidade total de controlar o cérebro e deixar-me levar pelo stress, pelo contexto, pela ansiedade e... pela gula. Sou definitivamente uma pecadora e uma pessoa fraca nisto da comida. E pior. Podia ter-me dado isto num só dia...???? Poder podia, mas não era a mesma coisa. Teve que ser até domingo e hoje ainda estou a calibrar. Nova crise ao final do dia e já enfardei milhares de bolachas. MEDO! Enfim, em busca do equilibrio perdido....

Sem comentários:

Enviar um comentário