1 de outubro de 2012

Resistir, resistir

Para mim, o primeiro mês da dieta é o mais fácil. A expectativa é grande, a vontade está no auge e as melhorias que se notam rapidamente ajudam a continuar. Ou é só o meu cérebro que é lento a perceber que já não há calorias nem hidratos a entrar no organismo. Porque no segundo mês, depois de já ter visto alguns resultados, tudo se torna mais díficil. É uma luta diária a resistir a pedidos dos neurónios de chocolates e doces. É uma sensação contínua de fome, que na realidade não é nada fome porque não apetece os queijinhos e fiambres permitidos. É a gula em grande. É o ter de ir ao supermercado com uma lista, entrar a correr e sair a alta velocidade para comprar apenas o que é permitido. É aquele diálogo interno do já perdi metade do peso por isso já posso cometer erros. É uma discussão interna constante e, se habitualmente já sou demasiado critica de mim própria, quando chega a esta fase ainda é pior. Este fim-de-semana tive que me amandar a uns m&ms. O pacotinho amarelo falou mais alto e tive que o trazer para casa. Foi uma discussão perdida mas soube-me mesmo bem. A única forma de me mentalizar que tenho que continuar a resistir foi experimentar todos os vestidos que tenho em casa e ver ao espelho que 90% ainda não me serve. 

Sei que até à próxima consulta vai haver mais discussões entre mim e o meu cérebro que vou perder. Só me resta compensar em exercício com megas caminhadas ao domingo e ginásio durante a semana. E manter-me muito ocupada, porque quando estou ocupada não penso em comer.  

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